Os operários terceirizados da Petrobrás, da caldeiraria, manutenção, instrumentação, pintura e montagem de andaime no Polo Atalaia (Tecarmo), em Aracaju, travam uma luta incansável. Os trabalhadores decidiram paralisar mais uma vez a área da Petrobrás responsável pelo armazenamento e distribuição de óleo e gás do estado e de outras regiões. O movimento acontece a partir de meia noite desta sexta-feira, 04/03, e pode se estender para outros dias.
Os trabalhadores travam uma desgastante batalha para receber apenas pelo que trabalharam e agora para garantir o emprego. A empresa MCE desistiu do contrato com a Petrobrás, mas não pagou o décimo terceiro, o salário e a cesta básica.
Os trabalhadores exigem da Petrobrás agilidade na liberação do dinheiro preso na Petrobrás, para que seja dividido por todos em partes iguais. Que adiante a liberação do FGTS, para amenizar um pouco o sufoco. Que uma nova empresa assuma logo o contrato deixado pela MCE, para que todos os trabalhadores voltem a ativa.
“A Petrobrás precisa entender que nossas famílias não vão ficar sem ter o que comer. Nossas famílias não vão morar na rua. Que nós não vamos aceitar essa situação. Trabalhamos duro. Arriscamos nossas vidas. Queremos que eles paguem o que nos devem e garantam nossos empregos, para que a gente volte a viver nossas vidas novamente com dignidade”, manifesta um operário.
Cerca de 500 terceirizados que prestavam serviço pela MCE passam por essa situação na Petrobrás em Sergipe. São 210 no Polo Atalaia, 186 na Fafen e 120 que trabalham embarcados no mar. Muitos já passaram por essa mesma situação. A maioria já levou de dois a três calotes.
“A gente não vai mais ficar com a cara parada só recebendo chicotada. Aquele ditado que diz escravo nós nascemos, escravos morreremos, isso não existe não. Aqui ninguém é escravo. Acabou essa história”, desabafa outro trabalhador.
Fonte: assessoria Sindipetro