Joubert Moraes. Os cinquenta anos de trabalho de um dos mais talentosos artistas de Sergipe estão sendo alvos de homenagem da Assembleia Legislativa no Espaço Cultural Djenal Tavares de Queiroz. Na abertura da mostra a cantora Amorosa se apresentou. Também ocorreu o lançamento do livro ‘Aracajoubert’, de autoria de Mário Britto. A mostra conta com exposições de obras, esculturas e fotos que mostram a trajetória de Joubert a partir da década de 60. A exposição prossegue até 20 de maio.
A curadora do Espaço Cultural da Assembleia, a artista e escritora Ilma Fontes, afirma que os cinquenta anos de produção artística de Joubert Moraes mereciam uma justa homenagem. “O mercado algumas vezes foi injusto, mas ele permaneceu. A mostra do Espaço Cultural destaca os cinquenta anos de produção de um grande artista, é na verdade uma celebração ao talento, é festejar a vida”, observou. Segundo Ilma, tudo que está exposto na mostra está à venda.
Ginaldo de Jesus, assessor de imprensa dos Correios de Sergipe, é fã do trabalho de Joubert e esteve presente na abertura da exposição. Segundo ele, o talento do artista não tem fronteiras e nem rótulos. “É um artista indescritível, a obra de Joubert está acima de qualquer pensamento, vai muito além do que pensamos e imaginamos em termos de arte”. Ginaldo disse que o Espaço Cultural acerta ao abrir as portas para talentos novos, e os consagrados, como Joubert.
Outro apreciador da obra de Joubert é o vereador Lucas Aribé, deficiente visual que teve na música seu primeiro contato com a arte. “É um artista muito talentoso. A arte faz parte de minha vida, já fui cantor e compositor e também fiz poesias e por isso valorizo muito nomes como Joubert Moraes”. Aribé declarou ainda que é importante que os legislativos copiem iniciativas como a ofertada pela Assembleia Legislativa de Sergipe. “É algo de grande valor, é importante abrir espaços como esse na Casa do Povo”.
A deputada estadual Maria Mendonça, que esteve presente à abertura da mostra juntamente com o deputado estadual Garibalde Mendonça, disse que Joubert é um talento que Deus criou e que faz arte de forma apaixonada. “Se dedica como poucos, apaixonadamente, à cultura, e o povo sergipano precisa reconhecer. Tiro o chapéu para esse artista”, comentou.
Joubert Moraes disse que estava vivendo um grande momento ao ser alvo de homenagens como a prestada pela Assembleia Legislativa. “Isso aqui é um verdadeiro festival de arte e fico feliz em ver homenagens como essa, que Amorosa faz. Me deixa feliz. O livro foi um presente. Sempre tive um discurso correto e nunca crie fórmulas para ganhar dinheiro”, observou. Segundo Joubert, a pintura é um ofício mental, mas exige dedicação. “É preciso ser um soldado e um monge ao mesmo tempo, pintar todos os dias”.
Cronologia do artista
1947 – Nasce Joubert, em Propriá.
1954 – Vem morar com a família em Aracaju.
1968 – Primeira exposição individual na Galeria Álvaro Santos.
1970 – Cria o Arabesco (espaço de Arte Aplicada).
Dirige o espetáculo ‘Voo Mitos Coloridos’.
1974 – Joubert casa com Cláudia, nasce Jade.
1975 – Exposição na Igreja do Solar do Unhão/BA.
1976 – Instalação performance “Circo Mágico”.
Pinta os afrescos da Igreja da Ascensão em São Francisco do Conde/BA.
1977 – Janeiro – Exposição na Galeria Álvaro Santos.
Abril – Exposição na Galeria “O Cavalete”/BA.
1980 – Ganhou o prêmio Horácio Hora de Artes Plásticas.
1983 – Exposição no Meridien de Salvador.
1984 – Ganhou o primeiro prêmio no Salão Nuarte.
1987 – Exposição “Aracajoubert” na Galeria Álvaro Santos
1992 – Exposição “Formas e Forças” no Clube Sergipano da Bahia.
É nomeado Diretor da Galeria Álvaro Santos.
1995 – Exposição “Forma Viva” na Galeria J. Inácio.
1996 – Exposição “Transformas” no Atelier do artista e no Teimonde
1997 – Participa da Exposição Coletiva de Verão na Galeria Álvaro Santos.
Apresenta o Show “Aracajubé”, no projeto Prata da Casa, no Teatro Atheneu.
1998 – Exposição “Transmutação” no atelier do artista e na BNTM’98.