O SINTESE realiza nesta quinta (27/12), uma Plenária com os professores da Rede Estadual de Aracaju para discutir formas de luta contra o fechamento do turno noturno nas escolas da cidade. O evento será na sede do sindicato e começa às 19h.
A Secretaria de Estado da Educação baixou a portaria 7.731/2012, de 29 de novembro, restringindo a oferta de escolas com ensino noturno para 2013 na região do Departamento de Educação de Aracaju – DEA. Com o eufemismo de “organizar a oferta de matrículas no ensino noturno nas unidades escolares da rede pública estadual”, a SEED está deixando como opção para os alunos do período noturno apenas seis localidades – Centro, Siqueira Campos, Getúlio Vargas, conjunto Assis Chateaubriand (Bugio), Ponto Novo, Farolândia e Grageru.
E nestas localidades, apenas em oito unidades escolares o ensino noturno será ofertado: Colégio Estadual Atheneu Sergipense, Centro de Referência de E.J.A. Prof. Severino Uchôa, Colégio Estadual Presidente Costa e Silva, Colégio Estadual Secretário Francisco Rosa Santos, Escola Estadual Jornalista Paulo Costa, Escola Estadual 8 de Julho, Escola Estadual Professora Ofenísia S. Freire, e Colégio Estadual Prof. Gonçalo Rollemberg Leite.
As demais unidades de ensino, circunscritas às localidades mencionadas ou não, deixarão de ofertar matrícula para o ensino noturno. O SINTESE não concorda com a posição tomada pela SEED.
Equívoco
“Vemos essa restrição como mais um grande equívoco da Secretaria de Educação. Ao mesmo tempo em que a portaria fala que é dever do Estado ofertar a educação regular assegurando, para os jovens e adultos, o acesso e a permanência na escola, restringe o acesso dos estudantes, em sua maioria trabalhadores, a uma escola noturna próximo do seu trabalho ou residência para com maior facilidade poder terminar seus estudos”, pondera Roberto Silva, dirigente do SINTESE.
O SINTESE já entrou em contato com o secretário de Educação, Belivaldo Chagas, colocando suas posições e pedindo a revogação da Portaria 7.731/2012. O secretário se colocou à disposição para discuti-la, mas não para revogá-la. Uma audiência entre sindicato, secretário e técnicos da SEED ficou agendada para o dia 26/12, às 15h30.
“Vamos discutir e lutar muito para que essa portaria seja revista, porque ela vai prejudicar bastante os filhos e filhas dos trabalhadores principalmente, e isso nós não aceitamos”, diz Roberto Silva.