Na manhã deste sábado, dia 11, na sede CUT em Sergipe, estratégias de fortalecimento da luta de classes através da comunicação foram os temas abordados e discutidos com profundidade no Curso de Formação Político-Sindical Básica da CUT/SE, módulo 4: Comunicação Sindical, ministrado pela jornalista Caroline Rejane, diretora de Comunicação da CUT/SE e do SINDIJOR (Jornalistas).
Os sindicatos filiados à CUT/SE presentes que tiveram a oportunidade de expor experiências, fazer questionamentos e compartilhar conhecimento durante a formação, foram:
O SINDIJUS (Judiciário), SINDSERV CANINDÉ (Servidores de Canindé do São Francisco), SINTESE (Professores), SINDISERV PROPRIÁ (Servidores de Propriá), SINDBRITO (Servidores de Campo do Brito), SINDASSE (Assistente Social), SIMPAF-EMBRAPA Aracaju, SINDSEMP (Ministério Público), STASE (Técnicos de Enfermagem), SINDIJOR (Jornalistas), SINDOMESTICO (Trabalhadores domésticos), FONOAUDIOLOGIA, SINDISOCORRO (Servidores de N. Sra. do Socorro), SINDLOURDES (Servidores de N. Sra. de Lourdes), SINPOL (Polícia), SINDISAN (Saneamento), SINDIMINA e SINDAMPARO (Servidores de Amparo do São Francisco) .
Através do diálogo, a comunicadora Caroline Rejane traduziu o significado concreto da luta pela Democratização da Comunicação num País como o Brasil, que é a maior potencia econômica da America Latina, mas ainda preserva uma legislação de mídia da época da Ditadura Militar, enquanto a Venezuela, a Argentina e outros países fizeram avanços importantes.
Diante deste cenário, lideranças discutiram sobre o papel do dirigente sindical na luta por uma comunicação que contribua com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária ao invés de um sistema de comunicação opressor, que reproduz a violência social e assim mantém as injustiças vigentes.
Caroline Rejane citou o exemplo da cobertura midiática cujo argumento central é ‘o prejuízo que as greves causam à população’. “Então eu pergunto: e os trabalhadores que lutam pelos seus direitos não fazem parte da população? Precisamos estar atentos, solidários e focados também na luta que reúne diferentes categorias. E não reproduzir discursos midiáticos nocivos ao movimento social.
O líder sindical não pode ver e aceitar a comunicação como algo apartado da sociedade, dos movimentos sociais e da luta sindical. É preciso entender a comunicação como um direito, assim como a saúde e a educação. Não podemos endossar este sistema no qual a comunicação fica sob a posse de famílias, políticos e grupos de empresários e são eles que decidem o que será divulgado para a maioria da população”.
Por: Iracema Corso/Ascom