Mais uma Sessão Itinerante da Assembleia Legislativa de Sergipe ocorreu na manhã desta quarta-feira, 25. Desta vez, quem recebe o Poder Legislativo é a cidade de Nossa Senhora da Glória, contemplando todos os municípios do sertão sergipano. A deputada Estadual Ana Lúcia participou da sessão.
Muito representativa, a sessão plenária itinerante contou com a presença de lideranças comunitárias e políticas da região, sindicalistas, estudantes e a população em geral. O pequeno expediente da sessão foi exclusivamente reservado para a participação popular. Diversas lideranças ocuparam o espaço para expor as necessidades das comunidades e cobrar o aprimoramento das políticas públicas na região.
Em sintonia com as necessidades dos sertanejos, Ana Lúcia apresentou dezenas de indicações propondo melhorias e solicitando providências do Governo do Estado para diversas demandas da população da região. As indicações foram lidas e aprovadas durante a sessão.
Ana Lúcia também apresentou, por meio de dados socioeconômicos e educacionais um diagnóstico da população do Alto Sertão sergipano, com ênfase para Nossa Senhora da Glória.
Uma das maiores preocupações registradas pela parlamentar, que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Alese é com o alto índice de analfabetismo no Alto Sertão. Ela ressaltou que 42% da população do município de Poço Redondo e 41% da população de Monte Alegre não sabe ler nem escrever. “Nós precisamos ter uma ação conjunta de todos os prefeitos, vereadores, deputados, educadores para superar o problema do analfabetismo, que é altíssimo no sertão sergipano”, propôs.
Outro aspecto destacado em sua análise diz respeito ao papel do servidor público na movimentação econômica da região. Ela demonstrou que 22% do Produto Interno Bruto (PIB) de Sergipe, que é a produção da riqueza material do Estado, deve-se ao servidor público. “Depois do comércio, quem mais contribui com a empregabilidade em Nossa Senhora da Glória é o serviço público. Portanto, o Servidor não pode ser visto como um serviçal de quem está gerenciando qualquer nível de poder, mas como um trabalhador, como um funcionário da população”, apontou a parlamentar.
Pma professora da rede pública, que sofreu violência física, psicológica e sexual em sua própria casa, na capital sergipana.
A urgência de se discutir políticas públicas de enfrentamento à violência e à criminalidade também foi abordada por Ana Lúcia. Para ela, é preciso ir além da visão imediatista e articular ações profundas e a longo prazo. “Precisamos articular as políticas de educação, assistência social e cultura para enfrentar este cenário de violência. Não tem como elevar o nível cultural de uma população sem que a nossa escola seja espaço privilegiado de socialização de todos os bens culturais”, finalizou.
Fonte: assessoria parlamentar