Os terceirizados da Petrobrás se revoltaram com resposta da gerência da empresa após reunião com o Sindipetro AL/SE nesta segunda, 07. A Estatal tem mais de R$ 2 milhões retidos do valor da fatura do contrato com a empresa terceirizada MCE. Com esse dinheiro ela poderia resolver o problema dos trabalhadores que a MCE deixou de pagar o salário, o décimo terceiro e a cesta básica.
Os trabalhadores, que estão em mobilização há mais de um mês, paralisaram suas atividades porque a MCE não pagou salários e benefícios. A gerência da Petrobrás, que tem obrigação de fiscalizar os contratos, não poderia repassar dinheiro para as empresas terceirizadas diante dessa irregularidade. No entanto, a gerência da Petrobrás paga fielmente a fatura das terceirizadas, mesmo diante das constantes denúncias dos trabalhadores e do sindicato aos fiscais de contrato, as CIPAs, a ouvidoria interna e até mesmo ao Ministério Público do Trabalho.
Cansados dessa situação, os terceirizados do contrato da MCE, que prestam serviços essenciais nas áreas de caldeiraria, manutenção, instrumentação, montagem de andaime e pintura, decidiram paralisar. Ao invés de pagar o que devia, a MCE desistiu do contrato. Ao invés da Petrobrás pegar o dinheiro do contrato para pagar os trabalhadores, a gerência escolheu cobrar esse dinheiro como multa, pela desistência de contrato da MCE.
Não é justo que os trabalhadores paguem pela quebra de contrato da MCE. Enquanto eles trabalhavam sem receber, a Petrobrás permitia que a situação se arrastasse até os trabalhadores levarem o calote. Tanto que muitos deles já acumulam de dois, a três calotes, desabafa um operário.
Fonte: Sindipetro