O número de casos confirmados de dengue em Aracaju caiu 96,44% no período de janeiro a 9 de abril deste ano, em comparação com igual período do ano passado. Este ano foram confirmados apenas 36 casos, enquanto que em 2012, 1.014. Também houve queda de 91,05% no número de casos notificados, com 155 este ano, contra 1.732 no ano passado. Os percentuais foram apresentados por Taíse Cavalcante, coordenadora do Programa da Dengue de Aracaju, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Aconteceu em Brasília no período de 9 a 11 de abril o evento ‘Cooperação entre os países candidatos a introduzir a vacina da dengue’, Taíse participou da reunião por integrar o Comitê Assessor do Programa Nacional de Controle da Dengue, representando o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Ela mostrou a realidade em Aracaju, que vem obtendo sucesso no combate à dengue devido a participação das demais secretarias municipais, a exemplo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que desenvolvem uma série de ações.
Também durante o evento, foi apresentado o status e o cronograma de desenvolvimento das vacinas contra dengue, enquanto que aos países coube apresentar dados epidemiológicos e pontos de reflexão a serem considerados na introdução desta vacina, que vem sendo estudada há 20 anos e poderá ser fabricada entre o final do ano passado e início de 2014. De acordo com Taíse, Brasil, México, Colômbia, Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas são os sete primeiros países que se candidataram para a introdução da vacina contra dengue.
Estes países se encontram na área de maior transmissão da doença com um elevando número de mortes a cada ano. Em Aracaju, tanto este ano, como no ano passado, não foi registrada nenhuma morte por dengue. Dados da SMS mostram, também, que enquanto no ano passado foram registrados 1.006 casos de dengue clássica, três com complicações e cinco casos de dengue hemorrágica, este ano, foram apenas 36 casos de dengue clássica.
Segundo Taíse Cavalcante, o controle de dengue depende de um conjunto de ações no campo, na vigilância da circulação viral, no atendimento e tratamento adequado aos pacientes com dengue para evitar morte, além de educação pela comunidade. A coordenadora do programa garante que atuação dos agentes de endemias é muito rápida: assim que é confirmado um caso, a equipe se desloca até o bairro onde o paciente mora e faz todo trabalho de controle do causador da doença.