O vereador Iran Barbosa (PT) usou a Tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante Sessão Plenária nesta quinta-feira, 18/4, para relatar nota de repúdio de diversos sindicatos de servidores da administração direta da Prefeitura de Aracaju. Segundo o parlamentar, o movimento repudia os 5% de reajuste concedido ao funcionalismo público de Aracaju.
“Na nota, os servidores colocam uma analise do contraditório concedido pela Prefeitura. Concordo plenamente com eles, tendo em vista que o Executivo diz que não tem dinheiro para reajustar, de forma digna, os salários dos trabalhadores, no entanto cria diversos novos cargos em comissão”, afirmou o parlamentar.
Iran lembra que os servidores não tiveram nenhum ganho com o aumento concedido. Para ele, a Prefeitura deveria, pelo menos, reajusta com o índice correspondente a inflação. “O último reajuste foi em janeiro do ano passado. Nesse período, os servidores tiveram diversas perdas por causa da inflação e isso é ruim porque não se cumpre o requisito de preservar o salário das perdas inflacionárias do período”, disse.
O vereador afirmou, ainda, que os dados apresentados por Nilson Lima, secretário da Fazenda de Aracaju, mostraram que é sim possível um índice maior. “O próprio secretário já apresentou, no Parlamento, que a existe margem dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal”, apontou.
Para Iran, a ação da Prefeitura, reforça a necessidade de mostrar que não se pode aceitar com tranquilidade a reforma administrativa do Executivo. “Não se pode fazer a ampliação de números de cargos em comissão quando não se pode conceder reajuste aos servidores efetivos, pelo menos equiparando ao da inflação”, assegurou.
Segundo o parlamentar, é necessário que se abra uma mesa de negociação para que os servidores possam ter uma melhor remuneração. “Esse é um pedido de todos os sindicatos. O prefeito tem que abrir diálogo com a comissão de sindicatos para discutir a questão”, revelou. Iran também ressaltou que a comissão acusa a Prefeitura de não ter ouvido as reivindicações do movimento. “Eles afirmam que não houve diálogo com os servidores. Eles pedem a retomada da mesa de negociação”, completou.
Foto: Andressa Barreto