O índice de infestação predial de risco de dengue foi o menor dos últimos seis anos. Foi o que constatou o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) feito neste mês de março e divulgado hoje pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Enquanto que em 2008, o índice foi de 4,8 (alerta alto), o deste mês foi de 1,1, considerado médio risco ou alerta.
A coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue da SMS, Taíse Cavalcante, disse que esse percentuais significativos são fruto do trabalho feito pelo carro fumacê e da retirada de entulhos dos terrenos baldios, por exemplo.
Apesar do índice 1,1, o LIRAa mostrou que os reservatórios de água ao nível do solo continuam sendo o maior problema para o combate ao mosquito da dengue. Em 81% dos pesquisados foram encontradas larvas do mosquito. Em seguida vieram os depósitos domiciliares (vasos e pratos de plantas, lajes, sanitários em desuso, etc), continuam como o segundo maior problema com 19% dos criadouros, que apresentou um aumento de 26% em relação a janeiro.
Um ponto positivo na pesquisa do LIRAa é que não foram encontradas larvas em entulhos e resíduos sólidos. “A queda foi de 100% em relação a janeiro”, destacou Taíse Cavalcante. Pelo menos 25 bairros ficaram classificados com baixo risco e 17 classificados como médio risco ou alerta. “Comparando com janeiro tivemos um aumento de 31,6% de bairros classificados em baixo risco e uma diminuição de 26% dos bairros classificados como alerta”, disse Taíse.
Farolândia
Um dos bairros que chamou a atenção no levantamento foi a Farolândia, com índice de 3,8 , considerado de alto risco. Em 100% das lavanderias onde os moradores armazenaram água por causa da falta no bairro. “A forma de armazenamento foi inadequada”, comentou a coordenadora municipal do Programa de Controle da Dengue.
Em alerta médio – percentual de 2,0 a 2,9 – ficaram os bairros Santa Maria (2,8), Ponto Novo (2,4), Santo Antônio e Getúlio Vargas (2,1). Outros 13 bairros, ficaram com baixo alerta, que vai de 1,0 a 1,9.
O critério do LIRAa para avaliação dos valores do Índice de Infestação Predial (IIP) é o seguinte: de 0% a 0,9% índice baixo, que é satisfatório; de 1% a 3,9%, médio que é alerta; e maior que 4%, alerta, risco de surto.