Após a paralisação de todo o Polo Atalaia, na sexta-feira, 04, os trabalhadores da MCE conseguiram pelo menos que a gerência da Petrobrás aceitasse reunir com o Sindipetro AL/SE para discutir uma solução. A reunião será nesta segunda-feira, 07/03, a partir das 13h, na Sede da Rua Acre. Os trabalhadores estarão presentes, aguardando uma saída para seus problemas.
O que os trabalhadores menos entendem é porque precisam fazer tanto barulho para garantir o que é seu de direito: o décimo terceiro, o salário e a cesta básica que a empresa não pagou.
“Estamos em greve há quase um mês, precisamos fechar todo o Polo Atalaia duas vezes e tudo que conseguimos até agora foi uma reunião. Até que ponto eles querem que a gente chegue para garantir o que é nosso de direito? A empresa desistiu do contrato. Estamos sem R$ 1 real no bolso e agora desempregados. Qual a dificuldade da Petrobrás para resolver isso? É simples, trabalhamos, queremos receber e queremos nosso emprego de volta. Por que ela não libera logo a linha de crédito do contrato que está retida para pagar nossos salários e benefícios? Por que não agiliza logo um novo contrato para podermos retomar ao trabalho?”, questiona um operário.
Outro afirma, “nossa paciência e nosso tempo esgotou. Nosso bolso está vazio. Em casa falta comida e tem muita conta para pagar”. Em seguida questiona, “qual é a intenção da gerência da Petrobrás? Maltratar mais o peão? Se é isso, já nos maltratou demais. Nós já aprendemos a lição. Não adianta só trabalhar direitinho. Além de dar conta do serviço, a gente tem que lutar até o fim para garantir nossos direitos e o nosso emprego. E é isso o que nós vamos fazer. Não vão nos vencer pelo cansaço. Dizem que saco vazio não sustenta em pé. Se for de cair, vamos cair na porta da empresa e fincar a nossa cruz lá. Não se brinca assim com a vida de centenas de famílias”.
O que os petroleiros terceirizados exigem da Petrobrás é:
1 – Agilidade na liberação do dinheiro preso na Petrobrás, para que seja dividido por todos os trabalhadores em partes iguais.
2 – Que a Petrobrás adiante a liberação do FGTS, para amenizar um pouco o sufoco.
3- Que uma nova empresa assuma logo o contrato deixado pela MCE, para que todos os trabalhadores voltem a ativa.
Fonte: Sindipetro