Na capital sergipana, a cesta básica custou, em março, R$ 245,94, o que manteve Aracaju como a cidade mais barata entre as 18 pesquisadas pelo DIEESE. Em relação a fevereiro, houve aumento de 3,16% nos preços dos produtos essenciais. No primeiro trimestre do ano a alta foi de 20,52%. Já na comparação com março de 2012, o aumento chega a 27,82%.
Em março, cinco dos 12 itens que compõem a cesta sergipana, apresentaram elevação: farinha de mandioca (19,11%), feijão (13,35%), tomate (12,78%), leite in natura integral (7,69%), e café em pó (4,96%).
Na comparação anual, apenas o açúcar refinado (-13,94%) apresentou recuo nos preços. Os outros 04 produtos da cesta que tiveram aumento registraram variações acima da encontrada para o total da cesta: farinha de mandioca (173,26%), tomate (153,96%), arroz (48,92%) e feijão (35,94%), banana (32,74%). Os outros seis itens tiveram alta abaixo do preço médio da cesta: café (11,34%), óleo de soja (10,49%), leite in natura integral (9,64%), carne bovina (2,78%), manteiga (2,56%), e o pão francês (1,50%).
Devido à alta do custo da cesta no mês, o trabalhador sergipano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em março, jornada de 79 horas e 48 minutos para comprar os mesmos produtos que, em fevereiro, exigiam a realização de 77 horas e 21 minutos. Em março de 2012, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta era de 68 horas e 03 minutos.
Em março, o custo da cesta, em Aracaju, comprometeu 39,43% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em fevereiro, o percentual exigido era de 38,22%. Em março de 2012, a parcela do salário mínimo liquido gasta com os gêneros alimentícios somou 30,85%. Este aumento do comprometimento do salário com a aquisição da cesta de alimentos está relacionado com a elevação de preços acima da alta do salário mínimo, verificada no período.
Fonte: Dieese