Uma falta de compromisso com o povo e a saúde publica do Brasil, foi o que ficou demonstrado em alguns atos de servidores públicos na noite desta quarta-feira, dia 13, quando uma mãe foi obrigada a dar a luz dentro de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), porque na maternidade não tinha medico suficiente para atendê-la.
Era por volta das 21h30, quando a jovem Rosangela dos Santos, de 30 anos, sentindo fortes dores e com derramamento de liquido chegou a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, na zona oeste de Aracaju.
Na recepção, ela e a sua mãe, a senhora Laudiceia dos Santos, de 54 anos, foram avisadas que não poderia ser feita a ficha da paciente e nem o atendimento, por que não tinha médico e a “maternidade estaria fechada para esse procedimento”.
Alguns funcionários que estavam na frente da portaria e os que estavam na recepção da maternidade, ao terem conhecimento que a família de Rosângela chamaria a imprensa, logo foram avisar aos demais colegas da situação do caso.
Minutos depois, apareceu um enfermeiro que conduziu a gestante para um enfermaria. Fizeram algumas perguntas, olharam o cartão do SUS, chamaram o SAMU e sem explicações a encaminhou para a Maternidade Santa Isabel, no bairro 18 do Forte, zona norte da capital.
Gritando muito e com fortes dores, Rosângela dos Santos, começava a dar a luz “eu chamei a enfermeira que estava no banco da frente da ambulância para socorrer a minha filha que a criança estava nascendo eu não sabia o que fazer…E a enfermeira não fez nada para ajudar, só dizia tenha calma senhora, chega já na maternidade”, relata a mãe de Rosângela.
“A criança nasceu dentro da ambulância sem ajuda de ninguém, eu estava muito nervosa, mais consegui puxar o bebê que estava com o pescoço enrolado na tripa da mãe, e ficando roxinha… Pensei que minha neta, e minha filha iam morrer. E tudo aconteceu no caminho à maternidade, próximo ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Mas graças a Deus estão vivas”, desabafa a senhora Laudiceia Santos.
Para piorar a situação, os funcionários da maternidade demoraram atender o recém-nascido e mãe e ainda disseram que também não havia médico na maternidade “nós não foi recebida bem, nós fizemo a maior esculhanbação pra poder receber ela, porque não queria receber ela também”, conta senhora Laudiceia, mãe de Rosângela.
Uma falta de respeito pela profissão “Uma criança morta, precisava o senhor vê! Uma mulher com uma criança, um feto morto de mão e mão, que veio na SAMU mais a gente, depois entregaram a tia da minha menina que ficou com feto na mão”, conta.
A tia de Rosângela, senhora Maria Lêda dos Santos Mendonça, de 63 anos, tentou deixar na recepção da santa Isabel, o pacote contento o feto de uma mulher que perdeu o bebê durante a gestação.
Ela então perguntou vocês aceitam o feto? Elas disseram que não “Peri aí!… Você são enfermeiras, aqui no hospital não querem aceitar o feto, após vou butar aqui em cima do balcão e filmei, filmei mesmo…Uma falta de respeito, eu não sou IML pra poder ficar com feto morto na minha mão”, explica dona Maria Lêda. Momentos depois, os funcionários pegaram o feto do balcão e o levou para o necrotério, e mãe foi internada.
Já a senhora Rosângela dos Santos, que deu a luz a uma menininha dentro da ambulância do SAMU, ela o bebê passam bem, e continuam internadas na Maternidade Santa Isabel.
Por: www.imprensa1.com.br – VEJA O VIDEO ABAIXO