Aprovado com algumas emendas da oposição na última terça-feira, 29 de maio, pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) o ProRedes parece mesmo ser o calcanhar de Aquiles do governador Jackson Barreto (PMDB). O chefe do Executivo Estadual já começa a demostrar indícios de que as emendas serão vetadas.
Pelo menos é essa a visão passada por auxiliares diretos do governador, a exemplo da secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva Santos. A secretária já anunciou que as emendas não podem ser aproveitadas porque o texto enviado para a Alese não poderia sofrer modificações, tendo em vista que, se fossem feitas, a matéria teria que voltar a ser analisada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Mesmo com mais capítulos na novela ProRedes, a presidente da Alese, Angélica Guimarães (PSC) afirma que a Casa cumpriu com seu papel. “Isso faz parte do jogo democrático, pois tanto a situação, quanto a oposição tiveram a oportunidade de discutir o Projeto”, disse.
Para ela, ao apresentar emendas ao texto original, os deputados oposicionistas estavam pensando no povo. “Foram sete emendas apresentadas que visam trazer melhorias para os sergipanos”, garantiu.
Uma das emendas apresentadas diz respeito à construção de um hospital trauma ortopédico em Aracaju. “Esse é o principal gargalo do Hospital João Alves, além disso, não podemos admitir que uma pessoa tenha que esperar em casa de 30 a 60 dias para fazer uma cirurgia ortopédica porque o Hospital só faz cirurgias emergenciais”, afirmou.
Outra emenda apresentada foi para a ampliação da maternidade que será construída na capital. No projeto inicial, essa maternidade teria 50 leitos, com a emenda, sua capacidade aumenta para 100 leitos. Outra ideia dos deputados é a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), também em Aracaju. “Esperamos que o governador sancione o Projeto e encerre essa discussão porque a Alese fez a sua parte e cumpriu com seu papel”, completou.
Por Bruno Almeida
Foto: Cesar de Oliveira