O vereador Anderson de Tuca (PRTB) usou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na tarde desta quarta-feira, 10/4, para afirmar que é preciso fazer análise criteriosa da majoração da tarifa do transporte coletivo. Para o parlamentar, é necessário agir com responsabilidade e deixar a emoção de lado.
“Não devo minha cabeça a nenhum empresário. Sempre defenderei a população de Aracaju, no entanto, é preciso muita calma porque uma decisão errada pode afetar o emprego de muitos pais de família”, afirmou o vereador. Anderson lembra o caos causado pela retirada de 50 linhas da empresa Viação Cidade de Aracaju (VCA) e que tomou conta dos noticiários. “Lutamos muito para conseguir recolocar os empregados em outras empresas, por isso repito que é preciso coerência”, disse.
O parlamentar ressaltou, ainda, que a categoria tem reivindicado melhorias salariais. Para ele, os empresários só poderão conceder se tiverem um reajuste. “Mesmo assim deve ser justo com a população, afinal, como iremos trazer esses benefícios sem reajuste? Quem vai pagar essa conta? Tudo tem que ser discutido”, apontou.
Anderson também falou sobre a necessidade de se fazer a licitação do transporte coletivo. “Sou a favor da licitação, mas temos que ponderar e saber o efeito que será o congelamento dessa tarifa. Pode ocorrer, inclusive, greve dos rodoviários. Quem vai pagar essa conta? A sociedade é que não pode”, desabafou.
“Sabemos que a categoria reivindica melhorias salariais. O aumento tem que beneficiar a classe. De onde vai vir a receita para que os empresários possam pagar o reajuste? Eles têm uma grande carga com o Fundo de Garantia dos trabalhadores. Além disso, o gasto com combustível é muito alto e esse item sofre constante reajuste”, disse.
Para o vereador, a questão do reajuste não é tão simples como se pensa. Segundo ele, itens como a gratuidade de algumas categorias acabam influenciando no preço final. “A gratuidade não é repassada para as empresas. Quando um policial apresenta a carteira, a prefeitura deveria pagar, mas não faz isso, por isso, é preciso coerência na hora de fazer a análise”, garantiu.
Foto: Andressa Barreto