Professores de 24 municípios sergipanos, que ainda não receberam o salário de setembro. Prefeitos e prefeitas de forma covarde e cruel vêm empregando uma política ilegal de constantes atrasos e parcelamento de salários ao longo do ano de 2015.
Destes 24 municípios, dois (Propriá e Porto da Folha) além de não pagarem o salário de setembro, não pagaram também o do mês de agosto. A Constituição Federal, no inciso X, do artigo 7º, é imperiosa ao estabelecer sobre a proteção do salário e considera um crime sua retenção dolosa.
“Os prefeitos e prefeitas de muitos municípios sergipanos parecem ignorar que a garantia das remunerações dos professores não é somente uma obrigação, mas um fator essencial à manutenção da vida desses servidores e seus familiares. A negação de um direito tão básico, como o salário, tem gerado uma crise profunda no seio da categoria, ferindo, inclusive, a dignidade humana do magistério”, analisa a presidente do SINTESE, professora Ângela Maria de Melo.
Para o SINTESE a lógica de penalização do servidor público por meio do corte do seu salário é perversa, inconstitucional e conveniente apenas para os gestores. Enquanto a Constituição Federal, em seu artigo 206, preconiza a valorização profissional, os prefeitos sergipanos negam aos trabalhadores do magistério os seus salários, um direito fundamental para assegurar sobrevivência.
O SINTESE irá encaminhar a denúncia aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, com o intuito de que sejam discutidas e encontradas alternativas para a superação deste cenário desolador e ilegal, no qual trabalhadores e trabalhadoras têm sido penalizados pela ingerência dos gestores públicos.
Veja os municípios que ainda não pagaram os salários de setembro e agosto aos professores: