A Câmara Municipal de Aracaju (CMA) foi palco, na manhã desta sexta-feira, 22/3, de Sessão Especial pelo Dia Internacional Pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado nessa quinta-feira, 21/3. Além de parlamentares, diversos convidados debateram o tema e discutiram formas de banir essa prática do convívio social.
O vereador Iran Barbosa (PT) parabenizou a iniciativa e afirmou que a data não poderia passar sem registro. “Não dava para passar por essa Casa. É fundamental que esse Parlamento não se omita nessas questões”, disse. Iran afirmou que existe uma dívida imensa da sociedade com vários setores. “A maior de todas é com os negros. Temos tido muitos avanços, quem milita sabe disso, no entanto, isso só é possível porque é fruto da resistência e da organização para que esses movimentos avancem ainda mais”, ressaltou.
O parlamentar lembra que, apesar desses progressos, a realidade ainda está distante da ideal. “Ainda está longe de ser aquilo que deveria para que a sociedade seja de iguais. Não há igualdade de tratamento entra as pessoas”, afirmou. Para Iran, essa distância é causada por falhas no cumprimento das leis. “Ela não se reproduz como praticas sociais de retratação e avanços”, disse.
O vereador Emmanuel Nascimento (PT) também apoiou a iniciativa e disse que a realização da Sessão Especial, é uma forma de enaltecer e reconhecer a importância do tema. “Infelizmente o poder está nas mãos dos brancos. Os melhores empregos também e tudo porque eles tiveram as melhores oportunidades. Por isso precisamos nos unir para combater essa prática”, frisou.
Emmanuel lembra que o Parlamento é a casa do povo. “É Importante que a CMA abra espaço para esse seguimento esquecido pela sociedade, até mesmo pelos próprios negros, pois muitos não se consideram como tal. Precisamos fazer com que a sociedade se conscientize. Esse país é o que é por causa dos negros”, destacou.
Para o vereador Lucas Aribé (PSB), é inadmissível que ainda exista discriminação racial. “É importante que a própria sociedade, diariamente, apresente para o mundo atitudes inclusivas que combatam o preconceito, a discriminação e que respeite as individualidades de cada um”, disse. O parlamentar lamentou a existência do preconceito e afirmou que fica triste em saber que a cor da pele é algo de grande relevância para algumas pessoas.
“A sociedade não vê o negro como cidadão com os mesmo direitos. Ocupar espaço é uma luta. Como no caso das pessoas com deficiência que sempre precisam provar que são iguais”, disse. Lucas ressaltou que sempre defendeu essa bandeira e vai continuar lutando para que o preconceito possa ser extinto. “Temos que contribuir para um país menos preconceituoso e que abra espaço para quem merece e que não olhe para cor e que todos sejam tratados como cidadãos”, completou.
O vereador Max Prejuízo (PSB), afirmou que milita na área e sempre condenou qualquer tipo de preconceito na sociedade. “Já participei de diversos debates sobre a questão racial. O tema do momento é regime de cotas. O que acontece é que a classe elitizada não admite que tenhamos espaço nas universidades públicas e que passemos a disputar empregos com eles”, assegurou.
Max lembra que a partir do governo do presidente Lula (PT) a história começou a ser escrita de outra forma. “A partir disso, os negros começam a ter o seu espaço garantido. Percebo que precisamos avançar. Esse debate é de extrema importância. O preconceito é cruel e precisa ser extinto”, destacou.