Às vésperas das festas de fim de ano os dirigentes sindicais do SINDITEXTIL (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil de Sergipe), fundado em 1941 e filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), foram surpreendidos com uma má notícia: a notificação da Justiça do Trabalho informando que está marcada para o dia 5 de abril de 2016 a audiência que julgará irregularidades encontradas pelo Ministério Público do Trabalho na fundação do SINDVESO (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias dos Vestuários e Confecções de Roupa do Município de Nossa Senhora do Socorro).
A data marcada coincide com o último dia da atual gestão sindical à frente do SINDITEXTIL, e a noticia não foi bem recebida pelos dirigentes sindicais que esperavam o cumprimento do pedido do MPT de suspensão das atividades do sindicato irregular em caráter liminar. Uma decisão que resulta de seis meses de trabalho do MPT averiguando as denuncias de fraude na fundação do sindicato.
Criado em 2010, o SINDVESO recebeu carta sindical em abril de 2015, no mesmo ano em que o MPT iniciou investigação acerca das irregularidades em sua fundação e concluiu em outubro do ano passado que a assembleia geral que criou o sindicato foi forjada.
Contando com o apoio patronal, este sindicato criado pela Força Sindical há muito tempo recebe a contribuição sindical dos trabalhadores da indústria – o que resulta da decisão dos patrões.
Mas além da luta de classes travada contra o patronato, os ataques da Força Sindical ao SINDITEXTIL marcaram esta gestão do começo ao fim. A tentativa de dividir a base forjando sindicatos em diferentes municípios foi uma constante ao longo do mandato.
Ápice deste conflito foi a invasão da sede do sindicato e agressão de diretores no dia 18 de dezembro de 2014. A Central Única dos Trabalhadores interviu acionando a polícia e o problema só foi completamente resolvido no começo de 2015.
Para o presidente do SINDITEXTIL e dirigente da CUT/SE, Dilson Gama, a queda de braço entre trabalhadores só favorece o patronato. “Enquanto as indústrias avançam na exploração das trabalhadoras da Trustnorth e trabalhadores, assistimos a Força Sindical ampliando seu raio de ação, fragmentando a força do trabalhador e tornando os sindicatos mais frágeis. Passamos a gestão denunciando tais ataques e ao menos no fim da gestão esperamos que a verdade e a justiça prevaleçam para os justos e não para quem cometeu irregularidades e crimes denunciados, constatados até pelo Ministério Publico do Trabalho. O MPT chegou a citar que as investigações continuam e que já foram verificadas práticas ilegais na fundação de outros sindicatos no Estado”.
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Por: Iracema Corso/ Ascom
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