Na luta por um salário digno e pelo Plano de Cargos e Salários, os trabalhadores do DETRAN/SE estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 26/06 e na manhã desta quarta-feira,dia 1º, construíram uma manifestação em frente ao Palácio dos Despachos.
A atividade de luta contou com o apoio e presença de dirigentes do SINDIJUS (Judiciário), SINDITEXTIL (Indústria Têxtil), SINTRADISPEN (Agentes Disciplinares Prisionais), SINDTIC (Tecnologia da Informação), Centro de Estudos Karl Marx de Estância, STASE (Tec. Enfermagem), Grupo Atitude, além de diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE).
Presidente da CUT/SE, o professor Rubens Marques, aposta no caminho da unidade na luta. “Está claro que não há mais saída para o trabalhador que não seja unificar a luta e assim fortalecer sempre a mobilização de greve. Até porque precisamos conquistar um canal de diálogo, nas greves passadas ainda conseguíamos nos reunir e discutir com o Governo, nesta greve percebemos que não há disposição nem para ouvir os trabalhadores. É preciso intensificar a mobilização agora, porque quando a greve chega no Judiciário temos que enfrentar multa, o que inviabiliza a luta sindical. Agora é duro continuar ouvindo o mesmo discurso de que não há dinheiro quando na prática o Governo gasta recurso para pagar altíssimos CCs e dá continuidade à política de favorecimento ”.
Representando os 345 servidores do DETRAN/SE, o presidente do SINDETRAN/SE, Thiago Bonfim, explica que depois da Secretaria da Fazenda, o DETRAN é o órgão com a maior arrecadação financeira do Estado, portanto nada justifica que os servidores continuem recebendo o menor salário pago a esta categoria em todo o Brasil, correspondendo a R$ 688,42. A defasagem de 150 servidores também integra a pauta do sindicato. Ao longo de vários anos, o baixo salário faz com que muitos concursados desistam do emprego público.
Thiago Bonfim afirma que o sindicato quer expor estes problemas ao Governo e desde janeiro protocola ofícios solicitando audiência. Após mais de seis meses de tentativas de dialogo, os trabalhadores optaram pela greve para pressionar alguma reação do Governo, mas mesmo depois da deflagração da greve o silêncio do Governo é mantido. “A mobilização está forte e os servidores, engajados. Sem diálogo e sem proposta não temos outra opção: a greve continua”.
Por:Iracema Corso/ASCOM DA CUT