Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) integrantes da corrente Esquerda Popular Socialista (EPS) de 12 estados estiveram reunidos em Sergipe desde o último sábado até essa segunda, dia 20, quando participaram do I Congresso Nacional da EPS. Quase 200 participantes, entre delegados e observadores, debateram durante esses dias os desafios da esquerda, dos trabalhadores, a importância da participação da militância, juventude e movimentos sociais nesse momento político que vive o país, bem como o fortalecimento do partido.
Um dos quadros históricos do Partido dos Trabalhadores e integrante da tendência, José Fritsch avaliou como fundamental a realização do Congresso Nacional da EPS dentro desse contexto que vivem o país e o PT, porque se pôde analisar tudo que foi feito nos últimos tempos, os resultados que tem se alcançado no governo e o ataque que esse vem sofrendo da direita para derrubar o atual projeto. “Estamos vivendo uma situação em que a luta de classes voltou de uma maneira muito forte e a direta trava essa luta com uma carga muito perigosa que é o ódio”, avaliou.
Por tudo isso, disse Fritsch, foi muito positivo realizar o congresso nesse momento. “Porque conseguimos fazer uma análise de qual é o nosso papel, do PT e também do governo, da nossa tendência e fazer com que o movimento social, que começa novamente um processo de efervescência, seja o centro das disputas políticas dentro desse contexto da luta de classes”, completou, ao acrescentar que depois de um período de rebaixamento do ânimo da militância, nos últimos meses houve uma reação e se observa o retorno do entusiasmo.
Já a prefeita de Uruçuca (BA), Fernanda Silva, avaliou que o congresso foi uma oportunidade de dialogar com os petistas de diversos estados do país a importância de reafirmar o apoio ao governo federal e levantar as bandeiras de luta da EPS. “Nós surgimos com a tarefa de dialogar com os movimentos sociais e estamos cumprindo essa tarefa e nos reunimos juntos com eles durante esses dias para discutir a política e os pilares da EPS”, disse, ao se referir à política e empoderamento das mulheres na sociedade, reafirmação da política de negros e negras, o diálogo com os movimentos sociais, a importância da juventude, além da política LGBT. “Isso é o que nós acreditamos e lutamos e estivemos reunidos com participantes de diferentes estados passando nossas realidades e levantando as nossas energias para a disputa no próximo período”.
A ambientalista Angela Mendes, filha do seringueiro e ambientalista Chico Mendes, morto em 1988, classificou como muito importante a realização do I Congresso Nacional da EPS para que se definisse espaços e houvesse o fortalecimento enquanto tendência e força que está mais à esquerda dentro do partido. “Foi um momento, inclusive, de compartilharmos nossas experiências e nos conhecermos enquanto militantes”, destacou.
No encerramento do congresso foi feita a eleição da Executiva Nacional da EPS para o próximo período, com a definição também de seus coordenadores setoriais. O deputado federal João Daniel foi eleito como coordenador do Conselho Político da EPS, juntamente com a prefeita Fernanda Silva.
Por: Edjane Oliveira, da Assessoria de Imprensa
Fotos: Luiz Fernando