Transformar simples porcelanas em verdadeiras obras de arte. Essa é a proposta do Prêmio Oxford Porcelanas de Design, que este ano busca contribuir para a construção do conceito da Nova Geração de Brasileiros e tem entre os finalistas o sergipano Raphaell Valença que escolheu a cultura do seu estado como fonte de inspiração para produzir as peças.
Aos 25 anos, Raphaell é formado em Design de Interiores pela Unit, em Arquitetura e Urbanismo pela UFS e no final deste ano conclui uma especialização em Industrial Design pelo Instituto Europeo di Design, em São Paulo. O jovem buscou referências na história do povo sergipano e deseja usar sua arte para difundir a cultura do estado.
O vencedor, que será conhecido na próxima quarta-feira (30) receberá um prêmio de R$ 5 mil e um aparelho de jantar com sua decoração. Além disso, a decoração vencedora será numerada e revendida. Para votar é simples, basta acessar o link do prêmio: http://www.premiooxforddedesign.com.br/finalistas
Vale ressaltar que cada pessoa só pode votar uma vez e a confirmação do voto deve ser feita através do e-mail. A votação segue até esta terça-feira (29) e o representante de Sergipe está em segundo lugar.
Raphaell explica sobre o seu trabalho. Confira a entrevista:
Como surgiu a ideia de participar desse projeto e como foram desenvolvidas as peças?
Raphaell: Vi a divulgação do “Prêmio Oxford de Design – Nova Geração de Brasileiros” pelo site e decidi participar. A partir do tema do prêmio, comecei a juntar algumas ideias que fossem relacionadas à cultura brasileira, mas que também tivessem uma pegada de modernidade, uma provocação e talvez uma quebra de paradigma no que diz respeito ao modo como achamos que deve ser um aparelho de jantar. Acho que tudo isso diz muito sobre essa nova geração de brasileiros, unindo cultura popular sergipana, design contemporâneo e pensamento disruptivo. O processo para o design da linha consistiu no seguinte: pintei minha mão com tinta de carimbo, ‘carimbei’ uma folha de papel, depois fotografei essa folha e passei para o computador, em seguida apliquei elas nos pratos. A paginação das marcas seguiu a localização de onde geralmente tocamos esses utensílios que temos em casa (pratos, xícaras, pires).
O que te motivou a escolher a cultura do estado como inspiração?
Raphaell: O campus do curso de arquitetura da Universidade Federal de Sergipe fica em Laranjeiras, logo passei quase seisanos da minha vida indo diariamente pra lá e tive a oportunidade de viver a cultura local. Fui a algumas festas do Lambe Sujo, que é a inspiração da ideia desse concurso. Foi ótimo ter a oportunidade de colocar um pouco dessa cultura numa proposta de design.
Você imaginava que conseguiria ir tão longe?
Raphaell: Não achei que ia ficar entre os finalistas pela ousadia da proposta. Não é um aparelho de jantar convencional. Ele tem uma história e provoca reações diversas. Mas essa é a ideia, romper com nossas ideias convencionais e provocar reações nas pessoas que utilizariam esse jogo em suas casas, expondo-lhe aos seus amigos numa reunião descontraída.
Você está na segunda colocação, qual a sua expectativa?
Raphaell: Espero que esse número continue crescendo e que haja uma grande mobilização para que o resultado se espalhe e que um pouco da nossa cultura seja levada para o Brasil inteiro. Conto com o apoio de todos para que um pouco de nossa cultura seja espalhada nas casas do Brasil inteiro. Ficarei muito feliz em saber que essa linha será produzida, comercializada e distribuída por aí.
Fotos: Arquivo Pessoal
Reprodução: www.imprensa1.com.br
Por:Will Rodriguez/ASCOM