Nesta segunda-feira, dia 27, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, recebeu lideranças do chamado Movimento dos Trabalhadores do Serviço Público de Sergipe.
A audiência com Luiz Mendonça faz parte da agenda de visitas e de mobilização dos sindicatos para convencer o governo estadual no atendimento de demandas unificadas das categorias da administração pública.
Os sindicatos anunciam para agosto indicativo de greve geral, caso o governo não atenda as pautas de reivindicação conjunta. Da agenda unificada, os representantes das categorias dos serviços públicos estaduais farão, no dia 4 de agosto, paralisação unificada com protesto às 8h, na porta da Assembleia Legislativa.
No início desta semana, os sindicatos estarão realizando assembleias setoriais para avaliar o andamento das negociações. “Inclusive, aguardamos o anúncio oficial do governo sobre o calendário de pagamento. Caso seja confirmado parcelamento de salários, diversas lideranças já afirmam que ocorrerá paralisação durante todo o período do atraso dos vencimentos”, afirma o presidente do Sindicato do Fisco de Sergipe, Paulo Pedroza.
O governo estadual não respondeu o ofício protocolado, pelos sindicatos no dia 2 deste mês. “Estamos reivindicando a reabertura de Mesa de Negociação Unificada para apontarmos possibilidade de mudanças de cálculos da contabilidade pública que garantirá a saída do limite prudencial. Resolvido essa questão do limite, o governo poderá finalmente aplicar os direitos e vantagens salariais previstas nos recentes Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCVs) dos servidores e conceder subsídios e reposição salarial”, conta Paulo Pedroza.
As lideranças sindicais já visitaram os presidentes do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE/SE) e da Assembleia Legislativa, respectivamente Carlos Pinna de Assis e Luciano Bispo. E assim como aconteceu na Alese e no TCE, os sindicalistas vão pedir ao presidente do TJ, Luis Mendonça, contribuição para ajudar no esclarecimento relativo à sistemática adotada pelo governo na contabilidade pública. “Queremos demonstrar equívocos quanto à forma de cálculo da Receita Corrente Líquida (RCL) e Despesa Líquida com Pessoal (DLP) realizado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Estamos questionando o índice de comprometimento da folha de pessoal com relação à Receita Corrente Líquida. Para nós, apesar de retração na economia, o governo tem condições de atender as demandas dos servidores do executivo estadual”, afirma Pedroza.
Participam desse movimento a CTB e 13 sindicatos (Sindifisco; Sintasa; Sindipen; Sindconam; Sinpol; Sintrase; Seese; Sinpsi; Sindimed-SE; Adepol; STERTs; SENGE/SE e o Sinter/SE).
Por Déa Jacobina. Ascom Intersindical