Ao fazer uso da Tribuna durante o pequeno expediente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na tarde desta quinta-feira (14), o vereador Max Prejuízo (PSB) lamentou que os moradores da Invasão Recanto dos Manguezais, localizado no conjunto Augusto Franco, ainda não tenham recebido suas casas apesar de estarem cadastradas.
Para Max, “faltou vontade política, palavra e sensibilidade da gestão anterior de nossa cidade”. “A invasão existe há quase 12 anos, são 186 famílias cadastradas e vivendo em condições sub-humanas, a espera de uma residência digna. Houve uma promessa, na vinda do então presidente Lula a Aracaju, que esses moradores iriam para o bairro 17 de Março.
Levaram os moradores para mostrar o bairro e disseram que seria a futura residência deles. Iludiram. A gestão anterior prometeu que até junho de 2012 resolveria o problema. Protelou, a gestão acabou, e nada foi feito. Nem o auxílio moradia receberam”, disse o parlamentar.
O vereador alertou para o fato de que, através de exames laboratoriais realizados junto à comunidade da invasão, pelo professor e sanitarista Fernando Leite, durante os meses de julho e agosto do anos de 2012, detectou que 67,3% dos moradores estão infestados de parasitas e destes, 72,7% são crianças e adolescentes.
Max Prejuízo disse ainda que, já conversou com o prefeito João Alves (DEM) sobre o tema e que, durante sua viagem à Brasília no começo deste mês, em conversa com a senadora Maria do Carmo (DEM), reforçou a reivindicação de moradia digna para os moradores do Recanto dos Manguezais.
Toca da Raposa
Ainda fazendo uso do pequeno expediente, Max lamentou que, quando foi feito o projeto da ponte Gilberto Vila-Nova de Carvalho ligando os conjuntos Augusto Franco e Inácio Barbosa, não pensaram nos moradores da Toca da Raposa, que fica no AF.
“Hoje os moradores para saírem do conjunto são obrigados a darem uma volta enorme pelo Beira Rio para terem acesso ao conjunto, porque infelizmente as construtoras que lá estão fecharam tudo. Deram o aval sem pensar nos moradores”, disse o vereador.
Em conversa com Décio Aragão, Diretor de Urbanização da Emurb – Empresa Municipal de Urbanização, foi informado de que “o projeto não pode ser mudado agora, enquanto a obra não for entregue na sua totalidade. Somente após o término da obra, é que a atual gestão poderá fazer as interligações necessárias”.
PSC e a CDH
Em aparte, Max Prejuízo subescreveu Moção do vereador Iran Barbosa (PT), que versa sobre a indicação de outro nome pelo PSC – Partido Socialista Cristão, para assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
“É preciso que o PSC faça uma reflexão. Essa Comissão é de extrema importância e necessita de um presidente que tenha compromisso com os avanços e com a cidadania. Os atos praticados pelo deputado federal Marcos Feliciano (PSC), não condizem com o cargo de presidente de uma Comissão que cuida dos direitos humanos”, concluiu o parlamentar.
Fotos : Imprensa1.com.br
Por Ju Gomes – Assessoria de Imprensa