Um início de semana como qualquer outro para o cozinheiro Pedro, como iremos identificar nosso personagem que pediu para não ser identificado. Pedro, de 28 anos de idade, trabalha na cozinha de um grande restaurante da Orla da Atalaia, Zona Sul da Capital, e era morador do Bairro América, na Zona Norte de Aracaju. Ele acordou cedo, por volta das 5h da manhã, tomou seu café, colocou suas coisas na sacola, montou na moto, se despediu da esposa com um beijo e saiu de casa para mais um dia de trabalho.
O que Pedro não sabia era que sua vida iria mudar drasticamente ao passar no semáforo da Avenida Barão de Maruim com a Avenida Hermes Fontes. O cozinheiro seguia na sua mão de direção e passou no sinal verde, no entanto, do outro lado, um motorista apressado não respeitou o sinal vermelho e avançou, pegando a moto de Pedro em cheio.
Pedro foi arremessado a uma distância de 20 metros, mas apesar da violência do impacto, ele teve “apenas” uma fratura no fêmur. Ainda agonizando de dor, o jovem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Lá, ficou constatada a fratura do fêmur e Pedro esperou, por mais de 15 dias, a cirurgia.
“Foram dias de muita dor e sofrimento. Nunca senti tanta dor em minha vida, mas graças ao trabalho dos profissionais do Huse que, mesmo com as péssimas condições de trabalho, pude fazer a cirurgia e me recuperar“, afirmou Pedro. Mas para que essa recuperação tivesse sucesso, Pedro tinha que ter diversos cuidados médicos, além de ter que tomar medicamentos caros e fisioterapia. “Já estava imaginando como eu ia fazer para arcar com esses valores, já que meu salário só dava para o sustento da minha família, foi quando eu soube, dentro do hospital mesmo e por um paciente do trauma, que existia um seguro que era para ajudar nesses casos”, lembrou.
O seguro a que se refere Pedro é o de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, mais conhecido com Seguro DPVAT. “Pesquisei na internet e dei entrada no seguro em uma corretora credenciada e recebi uma ajuda para arcar com as despesas médicas, o que foi de grande importância para a minha recuperação”, completou Pedro que hoje, vive uma vida normalmente, sem nenhum tipo de sequela.
DPVAT – Esse seguro existe desde 1974 e é de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem apuração de culpa, seja motorista, passageiro ou pedestre. O DPVAT oferece coberturas para três naturezas de danos: morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares (DAMS). A atual responsável pela administração do Seguro DPVAT é a Seguradora Líder-DPVAT, que tem o objetivo de assegurar à população, em todo o território nacional, o acesso aos benefícios do Seguro DPVAT.
De acordo com dados da Seguradora, de janeiro a setembro de 2015, a Líder registrou 518.302 mil indenizações pagas por acidentes de trânsito no País. Desse total, 33.251 mil correspondem a morte, 409.248 mil a invalidez permanente e 75.803 por reembolso de despesas médicas e hospitalares. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2014, esses números apresentaram considerável redução: no caso de morte, 17%; invalidez permanente, 5%; e reembolso de despesas médicas e hospitalares, 15%.
Em Sergipe, de janeiro a setembro de 2014, 455 indenizações foram pagas por morte. Já no mesmo período deste ano, foram 309 benefícios pagos. A Líder reforça que o procedimento para o recebimento do seguro pelas vítimas de trânsito não é necessário intermediário. O pagamento da indenização é feito em conta corrente ou poupança da vítima ou de seus beneficiários, em até 30 dias após a apresentação da documentação necessária.
O valor da indenização é de R$ 13.500 no caso de morte e de até R$ 13.500 nos casos de invalidez permanente, variando conforme o grau da invalidez, e de até R$ 2.700 em reembolso de despesas médicas e hospitalares comprovadas. O prazo para solicitar a indenização por morte ou reembolso de despesas Medicas e hospitalares é de três anos a contar da data do acidente. No caso de indenização por invalidez permanente esse prazo é de três anos a contar da comprovação do quadro da vítima.
Fraudes – Mesmo sendo um benefício da população e que não necessita intermediários para a sua solicitação, o DPVAT ainda é alvo de muitos aproveitadores que tentam burlar o sistema e ficar com os valores das indenizações. Foi o que ocorreu esta semana, quando a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju, identificou a tentativa de fraude a partir de um documento falsificado recebido por uma empresa que presta serviços à Seguradora Líder.
De acordo com a SMTT, o documento possuía logomarca do órgão, assinatura de autoridade de trânsito e autenticação do cartório. Além disso, relatava um suposto acidente no qual as vítimas foram atropeladas. O que os fraudadores não lembraram foi que a SMTT não pode atuar em acidentes com vítimas, sendo de responsabilidade, exclusiva, da Companhia de Policiamento de Trânsito (Cptran).
E por causa dessa tentativa de fraude, a Seguradora Líder emitiu nota reforçando a postura de combate à fraude contra o Seguro DPVAT em todo o Brasil. Segundo a nota, de 2014 até agora, em Sergipe, a seguradora protocolou 576 Notícias de Crime.
Ainda de acordo com a Líder, a empresa ampliou seus canais de denúncias, fazendo com que qualquer cidadão, que for testemunha de uma tentativa de fraude contra o Seguro DPVAT, possa ajudar a combatê-la denunciando pelo número 0800 – 022 1205 ou pelo site, através do link www.seguradoralider.com.br/SitePages/denunciar-fraudes.aspx<http://www.seguradoralider.com.br/SitePages/denunciar-fraudes.aspx>.
Por Bruno Almeida